Um pequeno passo para um homem e um grande salto para a humanidade. O ano é 1969 e Neil Armstrong entrava para a história ao dizer essa frase e em seguida dar os primeiros passos na lua, junto com sua equipe. Pela TV, milhões de americanos acompanham o momento.
De fato, existem aqueles que contestem tal feito e até mesmo teorias conspiratórias robustas sobre o assunto.
Mas, o que mal sabia a humanidade é que o salto real estava para acontecer dali a pouco menos de 2 anos. Em 1971, o primeiro e-mail da história foi enviado e a partir daí a internet tomaria conta das nossas vidas.
Vamos percorrer a história do e-mail, tentar evitar spams, phishings, vírus e falhar ao cair em uma corrente de e-mails.
Vem comigo nessa?! Aproveite para enviar esse artigo para 10 amigos, rsrs.
O primeiro e-mail enviado.
QWERTYUIOP, não é bug, nem erro de digitação aqui. Essa foi a primeira mensagem entregue por um e-mail na história. Meio decepcionante, confesso. Mas tem muito a ver com o e-mail marketing como conhecemos hoje. Testes, testes e mais testes.
Mas, voltando ao e-mail, lá em 71 um desenvolvedor chamado Ray Tomlinson criou um jeito de se comunicar na ARPANET, uma rede de computadores que engatinhou para a nossa web 2.0 voar como voa hoje.
Tomlinson e sua equipe desenvolveram uma solução para troca de mensagens. O “programa” na época, não tinha mais que 200 linhas de código. E para identificar quem estava escrevendo e de onde, eles criaram o @.
O famoso azinho significa “at” em inglês que na tradução ficaria como “em (no/na)“. Logo, o seu e-mail hoje demonstra aos servidores que você está escrevendo do Gmail, Hotmail ou domínio da sua empresa.
O primeiro SPAM a gente nunca esquece!
Em 1978 um tal Gary Thuerk achou que seria uma boa ideia enviar uma mensagem para cerca de 600 contatos, pois queria vender seu Docsystem-20, uma computador super avançado na época.
E você acha que ele vendeu algum? Que nada. O spam morreu no ninho. Mas ainda hoje tem gente que insiste em fazer essa prática desagradável.
Não julgo o Gary por tentar algo novo em uma mídia nova, afinal ele estava nos anos 70. Já quem faz spam hoje, ou pior, compra listas de e-mails nem precisa vir falar comigo.
Aliás, leia esse artigo onde falamos o que você precisa saber para evitar que suas campanhas de e-mail marketing acabem no spam.
Os grandes provedores de e-mail
Como toda tecnologia nova, o mercado acabou levando certo tempo para assimilar a melhor maneira de torna-la comercial. Por isso, foi somente no início dos anos 90 que apareceram Hotmail, Rocketmail e AOL. Os primeiros servidores gratuitos de e-mail baseados na web, ali já bem mais robusta.
Mas por aqui no Brasil, a tecnologia de e-mails para todos só desembarcou no fim da década de 90 com a ZipMail sendo pioneira. Logo depois, veio também a BOL (Brasil Online) com o slogan: “Todo brasileiro merece ter um e-mail grátis”. Bonito.
Para te chocar! Nessa época o armazenamento das contas de e-mail era de incrível 1 MB
Ou seja, todo o armazenamento que as pessoas tinham para receber seus e-mails não seria suficiente para armazenar sequer uma foto em baixa resolução de qualquer smartphone existente hoje.
Mas, a tendência da época era essa. Com o uso em larga escala, as pessoas perceberam que o e-mail também era um ótimo canal para transferir arquivos.
Por que não enviar arquivos como anexo? Parece ótimo! Afinal, essa é a rede mundial de computadores. Mas isso logo se tornaria uma dor de cabeça, pois o espaço seria pouco para tanto anexo.
Foi mais ou menos por aí que o mais famoso provedor de e-mails chegou. O Gmail também tinha o apelido de GigaMail.
Isso por que logo de cara oferecia nada menos que 1 gigabyte. Mas, somente para quem tinha convite. Ter um endereço @gmail passou a se tornar um desejo de milhares de usuários e ostentação para alguns poucos.
Mas também, Yahoo, Mail e Hotmail ofereciam míseros 4mb. Aqui já estamos em meados dos anos 2000. Me lembro que meu primeiro endereço de e-mail foi no yahoo, ou seja, eu não fazia parte do clubinho giga.
Mas com o tempo, o mercado logo se equilibrou e o problema de armazenamento logo deu lugar outro. Os spams, vírus e phishings além das famosas correntes. Não pense você que elas nasceram com o whatsapp.
“Envie este e-mail para 10 amigos, e até o fim do dia algo que você deseja vai se realizar”, quem nunca recebeu uma dessas?
E os vírus?
Mas, nem tudo era festa. O temido trojan, famigerado Cavalo de Troia, rondou nossas caixas de entrada por muito tempo. Muitos caíram no golpe comprometendo senhas e acessos a arquivos privados. Outros vírus causavam ainda mais estrago destruindo até mesmo o HD dos computadores. A partir daí o e-mail se tornou uma a mídia favorita de hackers e criminosos.
Como resposta, os servidores elevaram os níveis de segurança e rigidez, sinalizando de maneira mais precisa e inteligente os spam’s e malwares.
Não que estejamos livre de perigos hoje, mas é fato que o e-mail sempre foi um canal de comunicação muito seguro.
Essa tal criptografia de ponta a ponta que o whatsapp passou a oferecer recentemente já existe nos e-mails desde os anos 90. Quando você compra uma passagem aérea, ela não chega por whatsapp ou sms. E a reserva do hotel? Onde foi parar a confirmação mesmo? Os exames, os documentos, notas fiscais, ah é mesmo, estão todos no e-mail. Pense nisso.
O e-mail hoje e amanhã
Hoje tudo gira em torno de armazenamento em nuvem. Ter uma conta de e-mail é quase sinônimo de ter um espaço em nuvem para armazenar fotos, vídeos e qualquer formato de arquivos.
De fato, os provedores notaram que se tratava de uma necessidade do mercado e um negócio rentável.
Já o hábito de enviar e receber mensagens migrou do e-mail para os mensageiros instantâneos. Essa migração, na verdade começou com o ICQ, MSN e portais de bate papo, ainda no início dos anos 2000.
Com a chegada dos smartphones estes apps, ganharam ainda mais força. Mas o fato curioso é que para ativar seu smartphone novo, você não precisa ter um número de telefone, mas sua configuração ficará incompleta sem a inserção de um endereço de e-mail.
Basicamente, todo mundo que tem smartphone, tem conta de e-mail. É meio que um padrão. Assim como a voz do Brasil segue sendo transmitida via rádio por ser o único meio de comunicação capaz de cobrir 100% do território nacional, ou seja, é o jeito mais seguro e estável de se comunicar com o maior número de pessoas possível.
O amanhã dessa mídia imortal é promissor. Diversas empresas que miram o futuro da web, a chamada web 3.0, apostam em novas versões do e-mail com camadas extras de segurança.
Algumas previsões apontam para um futuro onde o acesso à caixa de entrada não estará sujeito a um endereço fixo de e-mail, mas sim à conexão com uma carteira digital via token. Tudo isso graças à tecnologia Blockchain, aquela mesma por trás das criptomoedas.
Além disso, muitos estimam uma recompensa financeira para os usuários que aceitarem publicidade em suas caixas de entrada.
Se será assim ou não, só o tempo dirá. O que acredito mesmo é que ainda teremos e-mails para responder e enviar por um longo tempo.
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